4 de agosto de 2013

E quem um dia irá dizer... - Capítulo Único




"Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?"

Arthur acabará de acordar. Já estava atrasado pra faculdade. Tomou banho, 
pegou uma maçã, deu um beijo na testa da mãe e foi pra faculdade.

Lua estava no caminho para a aula de Teatro. Estava andando no Parque Ibirapuera, ouvindo sua Playlist do celular, mais exatamente, Cold Play.

Arthur estava mandando mensagem para seus amigos dizendo que ia se atrasar. Distraído, acaba esbarrando em alguém e o seu celular acaba caindo.

- É desculpa - Arthur disse pegando um dos celulares jogados no chão.

- Ah, não tem problema - Lua pegou o outro celular e saiu.

Lua já estava chegando em sua aula quando decidiu ver quantas horas. Percebeu que não era o celular dela, mas sim o daquele garoto que tinha esbarrado.

- Mas... Eu preciso do meu celular urgente! - Lua falou alto e todos em volta a olharam como se ela fosse uma louca.

Mensagem

- Oi, sou aquela menina que você esbarrou na Ibirapuera. Você está com o meu celular, e eu preciso dele urgente. Hoje á noite tem uma festa lá naquele salão perto do shopping, sabe qual é né? Te espero lá, ás 22:30, com o seu celular, e obvio, leve o meu.

Mensagem recebida ás 7:43 

- Sei sim onde é. Vou te esperar em uma mesa perto da entrada.

Mensagem enviada ás 7:44

Lua saiu da aula e foi direto pra casa. Se arrumou pra tal festa que iria com as suas amigas que logo chegaram para leva-lá.

- Ah, antes de curtimos a festa tenho que trocar meu telefone com um garoto que esbarrei indo pra aula de teatro.

- Hum... Era gatinho - Sophia perguntou levantando a sobrancelha esquerda.

- Nem reparei - Lua disse e fez biquinho.

Arthur já estava esperando a quase meia hora. Onde estava a tal garota que pegará seu celular por engano?

Logo a viu entrando com mais duas amigas. Estava bem arrumada, enquanto ele só estava com uma calça jeans e uma camiseta simples

- Por que não se arrumou pra vir? - Lua perguntou sentando na mesa

- Porque eu só vim pegar o meu celular - Disse num tom quase obvio

- Ah não! Você vai curtir a festa! - Ela diz em um tom autoritário. Pegou um copo de uma bebida qualquer e ofereceu a Arthur.

Lua curtiu a festa como se não houvesse amanhã. Já Arthur não aguentava mais aquele monte de pessoas em volta dele, bêbadas.

- Lua, toma aqui seu celular - Estendeu o celular da garota

- Ah, já vai embora? - Disse em um tom triste, pegando o seu celular e devolvendo o do garoto - Toma meu número - Anotou seu número de telefone em um pedaço de guardanapo.

2 dias depois, Lua ligou para Arthur, ambos com saudade. Toparam de se encontrar no mesmo parque que se conheceram.

Lua estudava Medicina, e Arthur estudava Jornalismo. E mesmo com tudo diferente, tudo "nada a ver", como Lua dizia, no fundo, eles se amavam.

Eles se encontravam todos os dias, indo pra faculdade. E não é que, no final, tudo deu certo?

Os dois se amavam, e isso é o que importava! Meses depois se formaram. Se casaram. E vieram os filhos.

E não é que mesmo depois de tudo que passaram, de toda a diferença, de todas as brigas... Depois de tudo, eles tiveram um final feliz? A única coisa que importa é o que eles sentiam.

"E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?"


Baseado na música "Eduardo e Mônica", da Legião Urbana

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