[Mini Web] - A Marca de uma lagrima

A Marca de uma lágrima - Capitulo 8

          O problema estava resolvido, Lua iria sim, fazer os poemas para Micael, por mais que isso a machucasse. Ela avia falado com Sophia, e disse que iria fazer um poema por semana, e lá estava a menina, sentada em sua cama, escrevendo o primeiro poema. Aquele poema iria expressar os sentimentos dela, o que ela sente por Micael, só que no final, iria ter a assinatura de Sophia.

"Quero fundir meu corpo 

no teu corpo junto ao meu.

Nos teus braços serei cega

pra que sejas meu guia.

Nós seremos a matéria,

nosso amor será energia..."

          O primeiro poema estava pronto, Lua iria entregar a Sophia amanhã, e ela assinaria seu nome, para em breve entregar a Micael. Lua estava se sentindo uma idiota, ela deviria correr atrás de Micael e dizer o que sentia por ele, mais não, preferia ver seu amado, e sua amiga feliz. A menina lembou-se do beijo do jardim, e o dia no laboratório, e se perguntava "Por que ele beijou?" ,"Ele está com Sophia agora". Logo a menina se pós a chorar, levantou-se da cama, e foi até o banheiro, olhou para o espelho rachado, passou sua mão delicada, na rachadura do espelho. Aquele era seu pior inimigo. O mais cruel, o mais cínico, o mais sem piedade. Um inimigo que falava a verdade, sempre, sempre a verdade. Lá estava ele, encarando Lua de volta, com os próprios olhos da menina.

- Feia - Lua sufocou um soluço.

- Gorducha - Uma lágrima formou-se na pontinha da pálpebra.

- Cala a boca...por favor... - Já mais grossa, a lágrima escorregou no rosto de Lua.

***

         Na escola, Lua estava andando calmamente pelos corredores longos e cheios de gente, até se esbarrar em alguém, logo tratou-se de se desculpar.

- Senhora misteriosa, que bom encontrar você
- Hein?
- Não se lembra de mim? A festa de sábado, o aniversário de Micael...
- Não te vi na festa
- Ah, claro, você estava chorando no jardim, e eu sentei ao seu lado
- Ah, então foi você. Desculpe-me, prazer me chamo Lua
- Prazer é todo meu, me chamo Arthur

         Então foi ele que sentou-se ao seu lado no jardim? Mais a menina pensava que tivesse sido, Micael. Então quem lhe beijou? Deve ter sido Micael mesmo, pois Arthur não falou de beijo nenhum. Logo seus pensamentos foram interrompidos por Sophia, que lhe chamava do final do corredor. Logo sua amiga foi se aproximando, e chegou perto de Lua, lhe dando um abraço, e dois beijinhos no rosto.