3 de outubro de 2013

[Mini Web] Dark Moon



6º Capítulo - Sangue e beijo

- Eu já estou decidida. Eu quero me tornar parte do clã dos Blanco – afirmou Sophia.
- Pense bem, isso é loucura. Eles nem mesmo existem! – brigou Chay.
-Chay, deixe de ser cabeça dura! Eles existem sim e eu me tornarei parte deles – disse Sophia – vou me transformar essa noite. E você não vai me impedir.


Decidida, Sophia saiu da sala.
Eles ainda estavam na mansão dos Blanco.
Quando uma humana escolhe ser vampiro deve-se realizar um ritual, já que a ocasião é realmente muito rara. A sala dos Blanco tinham velas vermelhas, que era a única coisa que
iluminava o local. E todos estavam vestidos a caráter para a situação.
Roupas escuras e as obrigatórias capas de seda preta.
Sophia, que seria transformada, usava um vestido longo e rosa pink, que
esvoaçava com o vento que entrava da janela, os cabelos loiros soltos e
com um laço rosa, sapatos altos e lábios avermelhados, e uma capa preta
de seda.
- Hoje, na noite de 14 de julho de 2012, Sophia Sampaio Abrahão escolheu se
tornar um ser imortal. Eu, Andrew Alexander Blanco, nomeio Micael Borges como o escolhido para a transformação - Micael deu um passo a frente.
- Sophia beberá do cálice de fogo - Júniper alcançou a Sophia um cálice com chamas desenhadas, que continha vinho. Sophia tomou dois goles e o devolveu a Júniper.
- Micael, uma mordida basta para ela se tornar como nós. 

Micael se aproximou de Sophia, os dentes já estavam grandes e os olhos amarelos. Com cuidado, entortou o pescoço de Sophia, que não fez objeção.
Chay prendeu a respiração como se esperasse que Sophia desistisse de tudo. Lua e Mel tinham expressões duras, só encaravam a cena. Arthur e Carla prestavam atenção em todos os detalhes.

Micael aproximou a boca do pescoço de Sophia, ela soltou seu ultimo suspiro quando ele cravou seus dentes. O sangue escorria pela garganta de Micael, e Sophia se sentia ir ficando mais forte e mais sem vida. Quando ele a soltou, Sophia ficou imóvel e de olhos fechados.
Quando os abriu, estavam verdes na cor da esmeralda, e um brilho sombrio os iluminava. Estava mais branca que o normal e exibia dentes vampiros.
- Sophia transformada deverás beber do cálice de fogo -  Agora o cálice tinha sangue humano. Sophia bebeu sangue pela primeira vez. Ele deslizou como água por sua garganta, Sophia nunca havia sentido uma sensação tão prazerosa na vida - E por fim, uma nova imortal surgirá - Todos retiraram o capuz das capas.
- Como se sente? – Micael perguntou.
- Mais forte do que nunca – Sophia respondeu.
- Excelente – disse Andrew – foi tudo um sucesso.
Chay parecia desolado. Encarava Sophia com uma cara triste. Mas Sophia não sabia o que fazer.
- Vem Chay – chamou Mel o olhando.
Chay não parecia saber aonde ia, mas se deixou ser guiado por Mel. Entraram em uma sala.
- Chay, o que foi? – a voz de Mel soou calma.
- Ela, a Sophia... – Chay parecia prestes a chorar.
- Hey – disse Mel sorrindo de um jeito calmo para ele – você a ama?
- Claro, e muito.
- Não há com o que se preocupar então. Se você a ama, e quer o bem dela, aceite suas escolhas. Dando sua opinião quando acha errado e a apoiando.
- Só que... Não era isso que eu queria para ela – ele sussurrou.
- Sabemos que sim. Você só quer protegê-la – Mel sorriu – e eu acho isso lindo.
- Vai ser difícil eu aceitar.
- Use o tempo que precisar, a final, nem todos pensam igual - Mel lhe deu um abraço rápido.
- Agora, coloca um sorriso nesse seu rosto e vamos voltar, porque temos um jantar a nossa espera!
Voltaram para a sala de jantar, onde a longa mesa de vidro estava farta de comida e bebida.

**
Era um sábado de tardezinha, Lua corria pela floresta, exercícios básicos. Parou no pequeno rio que era escondido pelas árvores, e só de roupas intimas mesmo, pulou na água. A noite que surgia era quente, não havia vento. Lua nadava pela água sozinha, quando ouviu um barulho das árvores e se virou era Arthur.

- Que susto Aguiar! – ela falou revirando os olhos.
- Ficou com medinho Blanco? Achei que era a “super vampira”. – ele ironizou se aproximando da margem do rio.
- Ser a “super vampira” não significa que você não se assuste quando alguém aparece em um lugar supostamente sem ninguém – devolveu Lua sarcástica.

Arthur tirou a camiseta, a calça, os sapatos e as meias e pulou na água.
- Ficou doido Aguiar?
- A água é sua propriedade agora? – ele devolveu. Lua bufou. Arthur se aproximou de Lua, que recuou revirando os olhos.
- Tá com medo é?
- Eu não tenho medo de nada. Só não estou a fim da sua presença desnecessária no meu banho no rio - Arthur se aproximou mais, só que dessa vez Lua não recuou.
- Resolveu aceitar a minha presença desnecessária no seu banho de rio?
- Só estou a fim de brincar um pouquinho. – exibiu um sorriso sarcástico. Arthur a puxou pela cintura.
- E o que essa brincadeirinha teria?
- Acho que você sabe a resposta.

Naquele mesmo instante, Arthur grudou seus lábios nos de Lua. Não havia romantismo no beijo, era só, um beijo. O beijo era intenso e molhado. Lua arranhava a nuca de Arthur, que apertava sua cintura com força. Aquela sensação que sentiam quando estavam perto um do outro voltou com força total. Arrepios percorreram o corpo dos dois, uma sensação de fogos de artifício no corpo deles. Arthur explorava ainda mais a boca de Lua com aquela sensação. O beijo ficou possessivo de ambas as partes.
Lua poderia ficar o beijando para sempre, mas Arthur precisava de ar. Se separaram com cinco selinhos e ficaram se encarando.
- A brincadeira ainda não acabou – disse Lua o puxando para mais um beijo possessivo.

Logo uma imensa lua cheia surgiu com a noite. Eles estavam deitados na terra, em cima das roupas molhadas, e ainda, se beijando. Não se cansavam daquilo. Beijos possessivos, intensos, desejosos. O relógio marcava 2h30min da manhã.
- Ah, droga! – disse Lua vestindo as roupas molhadas apressadamente.
- Ih, cara, meus pais vão me matar! – disse Arthur vendo vinte ligações perdidas deles no celular. Se vestiram de forma rápida, mas as roupas ainda molhadas.
O carro de Lua estava estacionado na entrada da floresta.
- Entra ai que eu te levo – ela disse em tom mandão.
Arthur revirou os olhos, mas entrou. A quase 200km/h Lua levou Arthur para casa. Antes dele descer, mais um beijo possessivo e intenso.
- Que isso fique entre nós – ordenou Lua.
- Fica tranqüila, nossa segredinho.

Roubou um selinho e correu para dentro de casa. Lua voltou para casa, e entrou em silêncio até seu quarto, onde antes de dormir, passou os dedos nos lábios e sorriu.

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